quarta-feira, 26 de março de 2008

Web 2.0

Web 2.0 é o termo que define uma nova geração de comunidades e serviços da web, onde os softwares se tornam melhores à medida que são utilizados, estando abertos às mudanças e ajustes pelos próprios usuários. Dessa maneira os softwares são eternamente betas, visto que sempre podem ser melhorados.
O termo, web 2.0, foi criado pela empresa norte-americana O’Reilly Media e não é uma unanimidade, muita gente, inclusive Tim Berners Lee, criador da World Wide Web, acha que o termo carece de sentido e muitos acham ainda que o termo é uma jogada de marketing.
Independente do termo utilizado para designa-la, a internet colaborativa, como também é chamada, forma várias redes sociais, onde há o intercâmbio de uma infinidade de dados e serviços que permanecem sempre abertos para colaboração. Um exemplo é a wikipédia, enciclopédia livre, onde as informações contidas podem ser alteradas pelos próprios usuários com a finalidade de atualizar e aperfeiçoar as informações. Todo conhecimento é bem vindo e pode ser postado para futuras consultas, de qualquer visitante do site. Essa nova maneira de se relacionar com a internet é um grande avanço e até quem não está na rede ativamente como colaborador se beneficia dos serviços. Todos têm acesso a tudo da rede e, hoje, quase tudo que procuramos é facilmente encontrado, e sobre quase todo tipo de assunto encontramos dados em diversos formatos, ou seja, podemos escolher entre diversos formatos de áudio, vídeo e texto.

Por que blogamos?

Muito se questiona sobre as razões que levam os blogueiros a deixarem seus pensamentos expostos em blogs para que todos leiam e façam comentários. Segundo muitos daqueles que não blogam, o desejo que os blogueiros teriam de que digam que eles estão certos, seria a principal razão da escrita dos textos, contudo, para quem escreve, o blog é muito mais do que uma ferramenta usada para massagear o próprio ego.
Libertação, partilha, conhecimento, liberdade de expressão e desabafo... essas, entre muitas outras, são palavras recorrentes quando o assunto em questão é a razão pela qual blogamos. O fato de todos nós gostarmos de aprovação e de apoio para nossas idéias, pensamentos e sentimentos, não significa que, se não os tivermos, perderemos de vista a razão de blogar. Quem bloga quer ser lido, sim! E acha, naturalmente, importante aquilo que escreve! Porém, mais do que isso, quem escreve quer eternizar, através das palavras, os seus sentimentos, suas sensações, seus insights, seus momentos e, ás vezes, até mesmo eternizar a sí mesmo, através de tudo isso. No blog “Rabisco(s)” a blogueira faz esse questionamento e para chegar a uma conclusão, pede comentários sobre esse assunto aos visitantes da página. Em um dos comentários lá postados, por uma outra blogueira, compara-se a escrita do blog à uma tatuagem. “Acho que quando escrevemos sobre a nossa vida num blog procuramos desabafar qualquer coisa que não nos apetece verbalizar. Comigo pelo menos é assim. Há coisas que prefiro tatuar do que dizer!” (sdA)
Logo na descrição da página em questão percebemos uma outra razão bastante interessante para a existência dessas publicações enquanto diários íntimos. Sobre o blog Rabisco(s) a blogueira escreve: “Iniciei este blog para rabiscar as minhas idéias, as minhas opiniões; para rabiscar descobertas, amores, desamores, ódios, rabugises, desabafos, alegrias, tristezas, segredos, desejos.” Entre todas as coisas que se postam nas páginas pessoais há um assunto especialmente intrigante! Os segredos! Por que será que aquilo que tantas vezes as pessoas se esforçam pra esconder no dia-a-dia, acaba sendo completamente exposto em páginas de blogs? Essas páginas acabam se tornando uma parte importantíssima de um mundo novo, onde tudo é permitido, onde, apesar de ser impossível se ter uma vida completa, vive-se a parte não vivida do cotidiano físico, material. Um comentário anônimo foi postado, nesse mesmo site, sobre esse comportamento. “Devido aos arquétipos da sociedade em que vivemos não podemos ser espontâneos uns com os outros. A verdade não faz parte da nossa vida e temos tendência todos a “mentir". Isto fere o nosso coração, para o libertar escrevemos sobre nós.”
Falar sobre os motivos que levam uma pessoa a escrever em blog, seria falar de uma infinidade de sentimentos, alguns deles, muitas vezes, não tão bem definidos e, conseqüentemente, impossíveis de serem compreendidos. Talvez, alguns desses sentimentos só se tornem mais claros depois de uma tentativa de traduzí-lo em palavras, de forma livre e despreocuada.


“...Sinceramente, não me importo se depois de “tar” postado as pessoas gostam ou não. Eu faço o meu melhor, na verdade sendo criminoso faço o meu pior. Se permito a discussão de idéias ou não... depende. Nunca apaguei nenhum comentário, por “muito” destrutivo que fosse, mas se alguém me insulta vai ter resposta!” (O criminoso - Postado no Blog Rabisco(s)).